quinta-feira, 12 de julho de 2018

Antropóloga Débora Diniz é ameaçada por defender aborto



Rede Brasil Atual


Referência no debate sobre legalização, professora da UNB tem sido atacada por conta de suas posições. Em agosto, ela participará das audiências públicas do STF, para discutir o assunto. ver+






sexta-feira, 6 de julho de 2018

MPF denuncia ex-agente do Exército por morte de militante em 1971



Por Camila Maciel da Agência Brasil

O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) denunciou o suboficial da reserva do Exército, Carlos Setembrino da Silveira, pelo assassinato do dirigente do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) Dimas Antônio Casemiro, ocorrido durante a repressão da ditadura militar. O caso ocorreu em 17 de abril de 1971, em São Paulo, mas os restos mortais do militante só foram identificados em fevereiro deste ano. Também foi denunciado, por falsidade ideológica, o ex-médico legista Abeylard de Queiroz Orsini, que omitiu informações no laudo necroscópico da vítima.
De acordo com a denúncia, Casemiro foi enterrado como indigente no Cemitério de Perus, na zona norte paulista. Em 1975, os restos mortais dele foram exumados e enterrados em uma vala clandestina. A Vala de Perus, como ficou conhecida, foi aberta em 1990 e, neste mesmo ano, os restos mortais que poderiam ser do militante morto foram indicados, mas o resultado conclusivo do DNA, realizado por especialistas na Bósnia, só foi possível 47 anos depois do assassinato. Setembrino e Orsini também são denunciados por ocultação de cadáver.
Localizado pelas forças de repressão da ditadura, Dimas Casemiro foi perseguido e morto com, pelo menos, três tiros pelas costas. A versão divulgada pela ditadura na época foi a de que o militante foi morto ao reagir à prisão. O corpo dele foi apresentado ao Instituto Médico-Legal (IML) para o exame necroscópico dois dias após o assassinato. O laudo cadavérico foi produzido pelos legistas Orsini e João Pagenotto (já falecido). Na requisição para elaboração do exame de corpo de delito, o pedido estava assinalado com a letra T, que segundo as investigações, indicava se tratar de “terrorista”. ver+

sábado, 23 de junho de 2018

Ameaçada de despejo, Mirabal alerta para ‘legalização’ da violência contra mulheres acolhidas

Ocupação Mulheres Mirabal | Foto: Guilherme Santos/Sul21

SUL 21

Quase dois anos depois, a coordenação da ocupação afirma que mais de 70 mulheres já foram abrigadas no local e mais de 200 atendimentos já foram realizados. Em nota divulgada nesta sexta-feira (22), o movimento social cobra do poder público uma solução para que o trabalho desenvolvido no local tenha continuidade. Um grupo de trabalho, formado por representantes do governo do Estado, da Prefeitura de outros públicos, existe desde o ano passado para negociar com os salesianos ou encontrar uma alternativa, até agora sem solução.(...) ver+

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sexta-feira, 15 de junho de 2018

"Lava jato" mapeou defesa de Lula depois de grampear escritório, diz advogada



Por Sérgio Rodas, Consultor Jurídico

Após grampear o ramal central do escritório Teixeira, Martins e Advogados, que defende o ex-presidente Lula na “lava jato”, e ouvir mais de 400 ligações, a força-tarefa da operação montou um organograma apontando as medidas que seriam tomadas pelos procuradores do petista em diversos cenários. Isso é o que afirmou, nesta sexta-feira (15/6), a sócia da banca Valeska Teixeira Zanin Martins.(...)

(...) “Fomos surpreendidos por uma reunião em que Moro convocou os advogados a ouvir todos os mais de 400 áudios nossos que foram gravados. Chegando lá, havia um ‘organograma da defesa’, desenhando a estratégia dos advogados do Lula. Ele foi baseado em conversas dos integrantes do escritório com outros advogados, como o Nilo Batista. Não há nenhum precedente de uma atitude tão violenta, tão antidemocrática como essa em países democráticos”, contou a defensora de Lula, lembrando que as gravações só foram destruídas há pouco. (...) ver +

sábado, 2 de junho de 2018

Cobertura fora de foco


Por Nereide Beirão, do Observatório da Imprensa

A crise gerada pela paralisação dos caminhoneiros demonstra mais uma vez como a grande imprensa está distante da população e como não mostra a real situação econômica e social do país. Houve uma série de equívocos na cobertura, que abalaram ainda mais a já baixa credibilidade da imprensa.
1 – O primeiro erro e o mais grave foi a falta de informação e discussão sobre a principal causa da paralisação: a política implementada pela Petrobras de reduzir a produção interna de derivados, aumentar a importação e repassar diariamente as oscilações dos custos do dólar e do petróleo para os preços dos combustíveis, que aumentaram de forma abusiva. Por defenderem essa política, que beneficia acionistas e o mercado financeiro, os jornais, rádios e TV’s focaram as reivindicações dos caminhoneiros na questão dos impostos, como se fossem eles os responsáveis pelo aumento nos preços, e na necessidade de continuar a “recuperação” da situação financeira da Petrobras. Culpam a corrupção e a política anterior da empresa de controlar os preços do combustível como causadora da crise, apesar da Petrobras estar há dois anos sob a nova gestão, amplamente elogiada. A decisão do governo, apoiada pela imprensa, de reduzir os preços do diesel por 60 dias, mas manter a atual política de reajustes dos preços altíssimos da gasolina, do álcool e do gás de cozinha, e de assumir, compartilhado com estados e municípios o custo dos 10 bilhões da redução dos impostos, em nada resolve o tenso clima econômico e político.
2 – Assim como o governo, a imprensa demorou a dar importância ao movimento e informar o grau de mobilização dos caminhoneiros e os efeitos que a paralisação causaria para a economia do país. Muito preocupado em outros tempos com o aumento do preço do tomate, o jornalismo econômico não considerou o peso, em uma situação de crise e em um país com o transporte baseado em rodovias, que os aumentos sem limite do diesel, da gasolina, do álcool e do gás de cozinha teriam na vida de população e nos diversos setores da economia. Até durante a crise, as matérias continuaram defendendo a política da Petrobras, ouvindo os economistas do mercado.
3 – A cobertura, como tem acontecido nos últimos anos, foi baseada nas informações oficiais. As notícias de Brasília foram amplamente divulgadas, as reuniões do Palácio do Planalto, os “acordos” para terminar a greve, com algumas das lideranças do caminhoneiros que não os representavam, reprodução com destaque das coletivas de ministros, da direção da Petrobras, das falas do presidente, de negociações e decisões que não levavam a nada no Congresso. Noticiário que colocou mais lenha na fogueira, por causa das ameaças aos grevistas, da intervenção dos militares, do uso da força no combate a greve, dos comentários infelizes de muitos ministros e do presidente e da avaliação otimista e fora da realidade geral de Brasília, quando o governo negociou e atendeu, principalmente, ao desejo dos empresários do transporte reduzindo impostos e pedágio e repassando a conta para o tesouro, ampliando o déficit público.
4 – A situação dos caminhoneiros pouco foi mostrada e considerada. A cobertura do movimento, na maioria das vezes, como tem sido hábito na TV, foi feita com imagens aéreas. O dia seguinte ao anúncio de novo acordo com os caminhoneiros comprovou o distanciamento de jornalistas e grevistas. Apesar da expectativa do fim da greve, na segunda-feira, dia 28, a paralisação continuou em vários pontos das rodovias. Por que a greve não acabou? Faltou ouvir os caminhoneiros nos pontos de paralisação para saber. A cobertura se restringiu às imagens e a entrevistas de lideranças, que acusaram infiltrados no movimento.
Os caminhoneiros, antes da deflagração da greve já haviam montado uma rede própria de informação, por meio de mensagens no celular, que coordenaram e alavancaram o movimento. Em uma matéria exibida no Fantástico, sete dias depois do início da paralisação, ficamos sabendo que, assim como a Revista piauí, a reportagem da afiliada da Globo em Campo Grande teve acesso a grupos de WhatsApp dos caminhoneiros, antes ainda da deflagração do movimento. Pelo conteúdo de áudio obtido nesses grupos fomos informados, por exemplo, que sempre houve uma orientação dos grevistas para permitir a circulação de caminhões com remédios. Soubemos também por outra reportagem que acompanhou o percurso de um caminhão com medicamentos pela via Dutra, que não havia impedimento para esse tipo de transporte, desde que o caminhoneiro apresentasse a nota fiscal. A responsabilização da paralisação por possíveis mortes por falta de remédio já havia gerado vídeos revoltados dos caminhoneiros na internet, chamando a TV Globo de mentirosa. Mas cabe a pergunta? Por que a Globo não esclareceu isso desde a segunda-feira, até para impedir possíveis ações individuais de caminhoneiros no bloqueio dos caminhões com medicamentos ou a decisão de transportadoras que atuam neste segmento de fazer locaute para obter vantagens? Por que permitiram a sensação e o temor da falta de medicamentos, mostrando até situações pontuais, como a de uma farmácia de Araxá, no Triângulo Mineiro, onde faltou insulina no meio da semana? Imagino o pânico criado em quem precisa diariamente desse medicamento para viver.
Não se pode negar o grande esforço dos jornalistas para a cobertura da crise, gravíssima, que atingiu contornos jamais imaginados; a dificuldade em cobrir um movimento sem lideranças estabelecidas; a desconfiança dos grevistas com relação à imprensa, havendo casos até de impedimento à livre circulação de repórteres da TV Globo nas áreas de concentração dos caminhoneiros; a quebra do protagonismo na circulação das informações produzidas e obtidas pelos próprios caminhoneiros por meio das redes sociais; a falta de combustível que prejudicou o dia a dia dos jornalistas e a circulação dos jornais e revistas em várias cidades; a falência das instituições, executivo, legislativo e judiciário, que não fornecem informações confiáveis; mas a situação não justifica o fato da grande imprensa ter perdido a chance de melhorar a sua imagem já tão desgastada ao optar, mais uma vez, em defender seus interesses, seus pontos de vista e direcionar a cobertura, distorcendo a realidade da situação econômica e política, gravíssima, que vivemos.
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Nereide Lacerda Beirão é jornalista. Foi Diretora de Jornalismo da EBC e da TV Globo Minas, além de professora. Ocupou também a diretoria do Centro de Comunicação da Universidade Federal de Minas Gerais. É autora do livro “Serra”, publicado em 2012.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Como diria Nelson Rodrigues




"Amigos, o meu personagem da semana é o cronista patrício que foi a Inglaterra. Pois bem: — saiu daqui bípede e voltou quadrúpede. Desembarcou no Galeão soltando, em todas as direções, os seus coices triunfais. Por aí se vê que o subdesenvolvido não pode viajar, e repito: — não pode nem ultrapassar o Méier. A partir de Vigário Geral, baixa, em nós, uma súbita e incontrolável burrice.

Não há, nas palavras acima, nenhuma piada. Faço uma casta e singela constatação. Ponham um inglês na Lua. E na árida paisagem lunar, ele continuará mais inglês do que nunca. Sua primeira providência será anexar a própria Lua ao Império Britânico. Mas o subdesenvolvido faz um imperialismo às avessas. Vai ao estrangeiro e, em vez de conquistá-lo, ele se entrega e se declara colônia."



sábado, 28 de abril de 2018

EUA despejam milhões de dólares na Colômbia para desestabilizar a Venezuela por meio da migração

Presidente colombiano, Juan Manuel Santos, maior aliado dos EUA na América Latina
Foto: Center for American Progress / Flickr https://creativecommons.org/licenses/by-nd/2.0/

DIARIO LIBERDADE

O Brasil e a Colômbia conseguiram cerca de US$19 milhões do governo dos Estados Unidos (EUA) com a magnificação da migração e a campanha xenofóbica que realiza a gestão do presidente Juan Manuel Santos contra os venezuelanos nos últimos meses.
É o que se evidencia dos anúncios do governo estadunidense nas últimas semanas. Por exemplo, em 20 de março, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) anunciou que vai doar US$ 2,5 milhões para "ajudar" a Colômbia supostamente para aliviar as dificuldades que gera a alta migração de cidadãos venezuelanos em seu território.(...)


(...)O chefe de Estado, Nicolás Maduro, denunciou em 15 de fevereiro que laboratórios midiáticos aumentam o número da migração venezuelana, e afirmou que o número de migrantes é muito menor que as estatísticas que tentam emplacar presidentes do grupo de "direita antivenezuelano chamado 'Grupo de Lima', que tentam apresentar aos meios de comunicação que há um êxodo em massa".

Não é a primeira vez que os EUA, através de várias organizações, destinam recursos para interfeir nos assuntos políticos do país. De fato, entre 2005-2015, a Fundação Nacional para a Democracia (NED), destinou um total de US$15.601.945 a várias Organizações Não Governamentais (ONGs) na Venezuela. ver+


sexta-feira, 27 de abril de 2018

Em Brasília, polícia ataca estudantes da UnB em manifestação pacífica

Foto: Luiza Garonce


UNE

Estudantes da Universidade de Brasília (UnB), que protestavam na manhã desta quinta-feira (26), na Esplanada do Ministérios, foram surpreendidos com bombas, balas de borracha e todo tipo de violência policial durante um ato pacífico que reivindicava a recomposição orçamentária da instituição.

O ato saiu em passeata do Museu Nacional e caminhava até o Ministério da Educação (MEC) quando houve o cerco policial. ver+






quarta-feira, 25 de abril de 2018

Entrevista com Bip Bip




CausaOperaria TV


Alfredinho do Bip Bip, que sofreu recentemente ataque de fascistas do Estado.


“É preciso ocupar latifúndios e transferir terras aos trabalhadores para transformar o campo”




CUT


(...)É bom lembrar que também segundo os dados da CPT, somente nesses dois anos do período golpista, foram assassinados mais de 100 trabalhadores do campo, lideranças camponesas e indígenas no Brasil.

A única forma do MST enfrentar e denunciar essa situação é ocupando os latifúndios improdutivos, organizar o povo Sem Terra para lutar por seus direitos, enfrentar o governo e as políticas golpistas que estão sendo impostas no campo e na cidade.

E denunciar que o Brasil é o segundo país no mundo que mais concentra terra. Segundo dados do último senso agropecuário, de 2006, 1% de proprietários concentram 44% das terras produtivas desse país. Esse processo de concentração só aumenta, não só em relação a terra, mas também aos outros elementos da natureza, como a água. Vejamos o exemplo da reunião das grandes corporações que aconteceu em Brasília, de 19 a 21 de março, como o objetivo de privatizar os reservatórios de água doce que temos no Brasil e na América do Sul, como o Aquífero Guarani.(...) ver+


“Não há guerra entre cartéis, é o Exército que está matando no México”, denuncia jornalista





Fernando León Jacomino - OPERA MUNDI


Conversa com Federico Mastrogiovanni, jornalista italiano radicado no México. Leiam com atenção, pois o México de hoje nos mostra o que será o Brasil amanhã, a continuar a militarização, a entrega das riquezas naturais, destruição do sistema público de educação, a violência resultante de tudo isso. É a militarização que causa a violência, não o contrário como diz a mídia, diagnostica o sociólogo e jornalista ítalo-mexicano e arremata: o jornalismo tem que ser crítico!


(...) Contam-nos que existe uma série de grupos que detêm o poder do estado, mas não é verdade. O Estado no México é forte, não é um estado falido como se diz, é forte e além disso, reprime com muita força. Mas é mais articulado, em vários estados há muitas forças, mas a base de tudo isso está em uma política de terror.(...)

(...) Como em muitos casos há uma resistência por parte da população, porque chega uma mineradora e destrói um território em que não se pode fazer nada. O que se necessita para expropriar essas terras é que se gere um contexto de violência, um clima de medo. As pessoas vão embora, há muito deslocamento forçado interno, ou se calam, ou chega o Exército e toma o território. A violência justifica a resposta de segurança,(...)

(...) O que sustento é que há uma relação importante, e que não se leva em consideração, entre a produção de violência e a exploração de recursos naturais. O tema do narcotráfico é em parte uma cortina de fumaça porque quando se observa as datas se percebe que por exemplo, no México, o ex-presidente Lázaro Cárdenas [1934 e 1940] havia nacionalizado os hidrocarbonetos. Enrique Peña Nieto [2012 – atual] fez uma reforma energética que demorou anos para ser implementada. Minha leitura é que todo o mandato anterior, de [Luiz Felipe] Calderón (2006 – 2012), preparou a reforma energética que Peña Nieto pôs em prática quando chegou. Dando acesso a todas as empresas estrangeiras.

Eram necessárias duas coisas: uma reforma energética e um tempo prévio de geração de violência para permitir a resposta de segurança do forte estado mexicano que agora tira território da população para entregar às empresas.(...)  
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domingo, 15 de abril de 2018

O Ocidente sem a sua característica arrogância, é enfadonho



Quem lucraria com um ataque americano contra a Síria?
Por Matthias von Hein, Deutsche Welle
(...) Quanto mais o bilionário se vê sob pressão interna, quanto mais as investigações do procurador especial Robert Mueller vão se aproximando de sua pessoa – embora elas já tenham, até certo ponto, chegado até a esfera íntima, com as revelações da atriz pornô Stormy Daniels –, mais erráticas e também mais perigosas vão se tornando as ações externas de Trump.
A população síria é o que menos conta nas anunciadas ofensivas com mísseis. Se ela importasse, deveria haver uma estratégia coerente para o futuro da Síria. Contudo, não há qualquer sinal disso em Washington. Apenas uma semana após o surpreendente aceno de uma retirada completa das tropas americanas do território sírio, Trump anuncia agora um novo ataque pesado contra o país, além de ameaçar a Rússia, aliada da Síria, e ainda por cima desumanizar o adversário Bashar al-Assad ("animal").
O que quer que se pense dos presidentes russo e sírio, sem e muito menos contra eles não será possível, no atual estado de coisas, um fim da guerra, do sofrimento e das mortes na Síria. A declaração da escalada bélica via Twitter não passa de um recorde negativo temporário, e mostra o quanto Trump está distante das convenções da diplomacia internacional.(...).  ver +
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Sistema de defesa antiaérea sírio interceptou 71 de 103 mísseis lançados pela coalizão
Sputnik Brasil

(...) "Os sistemas de defesa antiaérea russos estiveram acompanhando e controlando todos os lançamentos de mísseis, tanto de portadores navais como aéreos dos EUA e do Reino Unido", informou o chefe da Direção-Geral Operacional do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Sergei Rudskoi(...)
(...) "Consideramos que este ataque não é uma resposta ao alegado ataque químico, mas uma reação aos sucessos das forças armadas sírias na luta contra o terrorismo internacional", declarou ele. (...)
(...) "O ataque foi realizado no mesmo dia em que a missão especial da OPAQ para investigação do incidente na cidade de Douma, onde alegadamente tinham sido usadas armas químicas, deveria começar o seu trabalho. Quero assinalar que na Síria não há nenhuma instalação de produção de armas químicas, isso foi confirmado pela Organização para a Proibição de Armas Químicas. Este fato de agressão norte-americana prova que os EUA não estão interessados na objetividade da investigação e seu desejo de minar o processo de solução pacífica na Síria e desestabilizar a situação no Oriente Médio", declarou Rudskoy. (...) ver +




segunda-feira, 12 de março de 2018

Menos médicos especializados, mais planos de saúde





CUT Nacional

Com Temer, Programa Mais Médicos, criado em 2013 para atender à população mais necessitada, hoje representa apenas a carcaça de uma complexa política social que foi pensada para atender uma demanda de décadas

Criado em 2013 por meio da lei 12.871/13 para suprir o Brasil de profissionais formados em atenção básica à saúde, até 2015 o programa atingiu o pico de 18.240 médicos que atuavam em mais de quatro mil municípios e atendia 63 milhões de brasileiros que passaram a ter um profissional especializado na área da saúde da família perto de casa, sendo atendidos em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) equipada. Segue


domingo, 11 de março de 2018

‘O Brasil chorou, mas o Brasil virou a página’, diz autora de livro sobre tragédia da boate Kiss



Fernanda Canofre -  Sul 21

 “Mas, Moreno… Primeiro, que todo mundo já contou essa história. Segundo, Santa Maria fica do outro lado do mundo”. Ele, que é um cara muito gozador e tal, ficou muito sério, olhou nos meus olhos e disse: “Quem não está entendendo é você, você tem que contar essa história”. Isso mexeu tanto comigo que eu fiquei pensando. Fiquei curiosa, resolvi procurar as famílias nas redes sociais e ver como elas estavam vivendo. Eu comecei a ver que elas não se sentiam representadas e me apresentei para várias delas, explicando sobre o livro. A primeira mãe que me respondeu disse: “Que bom, porque a gente precisa ser ouvido” Segue






quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Relembre o Xadrez da política, do crime e da contravenção




Jornal GGN

Por Luis Nassif

Original publicado em 10 de janeiro de 2017 e explica a hipótese de Temer estar preparando a pax com o PCC como ponto central de sua estratégia

Os massacres em presídios são apenas o desfecho de um amplo processo nacional de convivência com o crime, de aceitação social, de parceria política e de negócios entre o país formal e a criminalidade.
O escravagismo e o bicho foram as primeiras organizações criminosas. Da estrutura do bicho nasceu o narcotráfico. Com seu conhecimento da arte de corromper autoridades públicas, o bicho saltou das delegacias municipais para as Secretarias de Segurança estaduais, e de lá para toda a máquina pública, para todos os poros da administração pública, entrando nas licitações municipais, estaduais, controlando o lixo, os transportes urbanos, da mesma maneira que a máfia na Itália, conforme revelou a CPMI de Carlinhos Cachoeira.
No mundo oficial, na base do Judiciário, há a generalização da prisão provisória de preso pobre. Para os tubarões, há a sucessão de recursos, a anulação de inquéritos por ninharias. Cada aumento das penalidades pega apenas os de baixo. Cada flexibilização nas penas, beneficia apenas os de cima.
Historicamente, política e crime – perdão, contravenção – sempre caminharam de mãos dadas. Na época da Proclamação da República, por exemplo, o jogo do bicho já dominava a Câmara Municipal do Rio de Janeiro (https://goo.gl/a3YqrK), através do Barão de Drummond.
Nenhum partido saiu imune dessas alianças, do PDT de Brizola ao PMDB de Quércia e Michel Temer, ao PT (clique aqui). Desde o momento em que o jogo internacional entrou na Caixa Econômica Federal, no governo Itamar Franco – vendendo sistemas para as loterias -, uma sucessão de escândalos abalou vários governos e abriu a primeira brecha no governo Lula com o caso Valdomiro – do qual se valeu a ala do Ministério Público Federal ligada a José Serra.
Vamos a um pequeno histórico das relações com a contravenção de dois personagens-símbolos do Brasil atual: o presidente Michel Temer e o Ministro da Justiça Alexandre de Morais.]

Tacla Durán, novamente, chama a atenção para sua situação com Lava Jato


Jornal GGN


O advogado Rodrigo Tacla Durán, em nota pública, voltou a abordar temas que são mal interpretados pela grande mídia e inobservados pela Força-Tarefa da Operação Lava Jato. Fala da situação fiscal de sua empresa, considerada como 'empresa regular' pela Receita, após vasculharem todas as transações ali ocorridas, devidamente declaradas e com impostos recolhidos. Uma investigação que durou anos, com inúmeras prorrogações e a pedido da Força-Tarefa da Lava Jato.
 
Vivendo em Madri, e sendo espanhol, Tacla relembra a todos que tem endereço fixo e conhecido pelas autoridades, tanto espanholas quanto brasileiras, inclusive o juiz de piso Sergio Moro. O advogado foi investigado pela Receita Federal da Espanha, que concluiu não haver irregularidade ou delito o envolvendo, o que levou à negativa de extradição por parte do governo italiano.
 
O advogado colabora com a Justiça, tanto da Espanha quanto de outros países, e não sofreu condenação criminal. Lembra o advogado que o procurador Douglas Fischer, da Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal, recomendou o envio à Espanha de quaisquer provas contra ele em poder de Moro e dos procuradores de Curitibam conforme determina a legislação em acordos e tratados internacionais. Moro e a Lava Jato não informaram a Justiça da Espanha em nada, o que está em desacordo com a lei.
 
Por fim, Tacla Durán lembra, a quem de direito, que parlamentares apresentaram denúncia junto à Procuradoria Geral da República, requerendo investigações sobre irregularidades ocorridas durante as negociações de seu acordo de colaboração com a Força Tarefa do Paraná, em março de 2016. Esse fato impede que, tanto os procuradores do Paraná quanto o juiz de piso Sergio Moro, conduzam processos e investigações contra ele, 'uma vez que todos têm interesse direto no desfecho de quaisquer causas envolvendo' seu nome.
 
Leia a nota a seguir.
 
Nota de esclarecimento
 
1.      No dia dia 25 de abril de 2017, após dez pedidos de prorrogação de uma investigação iniciada em 14 de julho de 2015, a Receita Federal encerrou o procedimento de fiscalização contra meu escritório de advocacia sem lavrar auto de infração. Ou seja: toda minha movimentação financeira foi corretamente declarada e os respectivos impostos recolhidos.
2.      Conforme certidão emitida pela Receita Federal no dia 20 de fevereiro de 2018, anteontem, o escritório Tacla Duran Sociedade de Advogados tem situação fiscal regular.
3.      Todos os trabalhos prestados para o Grupo Triunfo foram indevidamente apreendidos em novembro de 2016, durante busca e apreensão ilegal autorizada pelo juiz Sérgio Moro, desrespeitando o sigilo profissional e outras prerrogativas, conforme despacho da presidência da OAB-SP.
4.      Sou espanhol, vivo em Madri com minha família, meu endereço é conhecido pelas autoridades espanholas e brasileiras. O juiz Sergio Moro tem meu endereço. A Justiça espanhola negou minha extradição e, no dia 19 de dezembro de 2017, a Receita Federal da Espanha encerrou fiscalização contra mim concluindo que eu não cometi qualquer irregularidade ou delito.
5.      Nunca sofri qualquer condenação criminal e tenho colaborado com a Justiça Espanhola e de diversos países. Embora o procurador Douglas Fischer, da Secretaria de Cooperação Internacional do Ministério Público Federal, tenha recomendado o envio para a Espanha de supostas provas contra mim em poder do juiz Sérgio Moro e dos procuradores de Curitiba, conforme determinam acordos e tratados internacionais, até hoje isso não foi feito ao arrepio da lei.
6.      Há uma denúncia apresentada por parlamentares junto à Procuradoria Geral da República, requerendo investigação sobre irregularidades  ocorridas durante negociações do meu acordo de colaboração com a Força Tarefa do Paraná em março de 2016, o que torna impedidos tanto os procuradores da Lava Jato, quanto  o  juiz Sergio Moro,  de conduzirem processos e investigações contra mim, uma vez que todos têm interesse direto no desfecho de quaisquer causas envolvendo meu nome.
 
Madri, 22 de fevereiro de 2018.
 
Rodrigo Tacla Duran


Febre amarela: entre fake news e pós-verdades



ICICT

por Graça Portela

No último dia 18 de fevereiro, o pesquisador do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces)/Icict/Fiocruz e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS)/Icict, Igor Sacramento, foi ouvido pelo ‘The Washington Post’ em uma matéria sobre a febre amarela no Brasil (Brazil battles yellow fever – and a ‘dangerous’ anti-vaccination campaing). Nela, o pesquisador fala sobre os boatos contra a vacina da febre amarela no país.
Em um momento tão crucial para a saúde da população, diversas notícias falsas dificultam a adesão da população à vacinação contra a febre amarela. O site “Boatos” listou as sete mentiras sobre a febre amarela “que sempre enganam os menos informados”, tais como “Febre amarela é uma farsa criada para vender vacinas” ou “Médico de Sorocaba diz que vacina paralisa o fígado” ou “Própolis espanta o mosquito da febre amarela”, são alguns exemplos que circulam nas mídias sociais, em especial noWhatsApp (aplicativo de celular), causando muita confusão e fazendo com que algumas pessoas fiquem em dúvida se devem ou não se vacinar.
No ínicio de fevereiro (05/02/2018), o site The Intercept veiculou a matéria “Morte após acina contra febre amarela intensifica fake news e teorias da conspiração”, na qual aborda a questão das notícias falsas e divulga a seguinte lembrete da Fiocruz: “Antes de compartilhar uma informação que possa causar pânico desnecessário e confundir, certifique-se que vem de uma fonte oficial. Saúde Pública é coisa séria”.
No meio de tanta incerteza, o site do Icict conversou com Sacramento sobre o uso das fake news e a pós-verdade na saúde e seus impactos na desinformação da população. Ele afirma que “as fake news não têm como ser combatidas ou eliminadas. Elas fazem parte da dinâmica social contemporânea”, mas defende uma mudança na estratégia de comunicação: “do ponto de vista da comunicação, uma disposição grande para o diálogo, para a empatia, para a compreensão, mas também uma processo de formação que permita que profissionais de saúde conheçam a especialidade do imperativo comunicacional de nosso tempo.”

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

MST e MCP produzem safra recorde de milho crioulo no sudeste do Goiás


Página do MST


A parceria é desdobramento do potencial produtivo agroecológico no Goiás, que gerou uma produção de 150 toneladas de sementes crioulas


Por Webert da Cruz, da Página do MST

No sudeste goiano, o Pré-Assentamento Ana Ferreira, do MST, celebram uma safra memorável de sementes. Em parceria com o Movimento Camponês Popular (MCP), foi possível na safra 2016 e 2017 uma produção recorde.

Só da variedade de milho crioulo Sol da Manhã, o MST produziu 30 toneladas. Já comunidades camponesas organizadas no MCP geraram 120 toneladas de sementes. Destas, 20 toneladas são de sete variedades de feijão, duas toneladas de arroz e 98 toneladas de seis variedades de milho, todos crioulos.

O pré-assentamento Ana Ferreira é um território de resistência localizado no município de Ipameri, região dominada pelo agronegócio do complexo soja-milho e, mais recentemente, pela expansão da atividade mineradora.

Historicamente ocupada pelo campesinato, é por esses municípios que grande parte da exploração mineral e agrícola dos sertões do cerrado escoaram para o litoral, devido a sua proximidade com o Triangulo Mineiro e São Paulo.

A partir da década de 1970, entretanto, milhares de famílias foram expulsas pela chegada de latifundiários na região. A maioria das famílias viram sua produção ser destruída pela competição e contaminação das sementes híbridas e introdução de culturas como a soja e o sorgo.


terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Carnaval 2018 - Samba enredo do G.R.E.S Paraíso do Tuiutí


Meu Deus, Meu Deus! Está extinta a escravidão?






Irmão de olho claro ou da Guiné
Qual será o seu valor? Pobre artigo de mercado
Senhor, eu não tenho a sua fé e nem tenho a sua cor
Tenho sangue avermelhado
O mesmo que escorre da ferida
Mostra que a vida se lamenta por nós dois
Mas falta em seu peito um coração
Ao me dar a escravidão e um prato de feijão com arroz

Eu fui mandiga, cambinda, haussá
Fui um Rei Egbá preso na corrente
Sofri nos braços de um capataz
Morri nos canaviais onde se plantava gente

Ê Calunga, ê! Ê Calunga!
Preto velho me contou, preto velho me contou
Onde mora a senhora liberdade
Não tem ferro nem feitor

Amparo do Rosário ao negro benedito
Um grito feito pele do tambor
Deu no noticiário, com lágrimas escrito
Um rito, uma luta, um homem de cor...

E assim quando a lei foi assinada
Uma lua atordoada assistiu fogos no céu
Áurea feito o ouro da bandeira
Fui rezar na cachoeira contra bondade cruel

Meu Deus! Meu Deus!
Seu eu chorar não leve a mal
Pela luz do candeeiro
Liberte o cativeiro social

Não sou escravo de nenhum senhor
Meu Paraíso é meu bastião
Meu Tuiuti o quilombo da favela
É sentinela da libertação


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Xadrez da grande manipulação da Lava Jato, por Luis Nassif


Jornal GGN


Para não se perder nas siglas, um pequeno glossário:
DOE – Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, que administrava o caixa 2 e as propinas do grupo.
Drousys – sistema criptografado de troca de mensagens.
MyWebDay – sistema criptografado que fazia a contabilidade do DOE.

Peça 1 - O livro de Tacla Duran

No dia 19/09/2017, no artigo “Xadrez sobre a falsificação dos documentos na Lava Jato”, o Jornal GGN trazia à tona as primeiras revelações do livro do advogado Rodrigo Tacla Duran sobre a Lava Jato. Era uma prova colocada por algumas horas em um site.
Prestador de serviços da Odebrecht, profundo conhecedor dos sistemas utilizados pela empresa– o Drousys e o MyWebDay, o livro trazia duas denúncias de impacto.
A primeira, é que parte relevante dos extratos do Meinl Bank foram falsificados.
Havia seis evidências definitivas sobre a falsificação.

Evidência 1 – extrato da Innovation com somas erradas.
Evidência 2 – extratos com erros são diferentes de outros extratos do mesmo banco apresentados em outras delações.
Evidência 3 – os extratos originais do banco apresentam números negativos com sinal -, ao contrário do extrato montado, em que eles aparecem em vermelho.
Evidência 4 – a formatação das datas de lançamento é totalmente diferente de outros documentos do banco, que seguem o padrão americano: Mês/Dia/Ano.
Evidência 5 – a formatação nas datas de lançamento é idêntica ao da planilha PAULISTINHA, preparada por Maria Lúcia Tavares, a responsável pelos lançamentos no Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht.
Evidência 6 – nos anexos da delação de Leandra A. Azevedo consta ordem de pagamento, com data de 28 de setembro de 2012, de US$ 1.000.000,00 da conta da Innovation para a Waterford Management Group Inc. Mas no extrato bancário supostamente montado, a transferência consta como saída de 27 de setembro de 2012, ou seja, antes da ordem de pagamento.