quinta-feira, 12 de julho de 2018

Antropóloga Débora Diniz é ameaçada por defender aborto



Rede Brasil Atual


Referência no debate sobre legalização, professora da UNB tem sido atacada por conta de suas posições. Em agosto, ela participará das audiências públicas do STF, para discutir o assunto. ver+






sexta-feira, 6 de julho de 2018

MPF denuncia ex-agente do Exército por morte de militante em 1971



Por Camila Maciel da Agência Brasil

O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF/SP) denunciou o suboficial da reserva do Exército, Carlos Setembrino da Silveira, pelo assassinato do dirigente do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT) Dimas Antônio Casemiro, ocorrido durante a repressão da ditadura militar. O caso ocorreu em 17 de abril de 1971, em São Paulo, mas os restos mortais do militante só foram identificados em fevereiro deste ano. Também foi denunciado, por falsidade ideológica, o ex-médico legista Abeylard de Queiroz Orsini, que omitiu informações no laudo necroscópico da vítima.
De acordo com a denúncia, Casemiro foi enterrado como indigente no Cemitério de Perus, na zona norte paulista. Em 1975, os restos mortais dele foram exumados e enterrados em uma vala clandestina. A Vala de Perus, como ficou conhecida, foi aberta em 1990 e, neste mesmo ano, os restos mortais que poderiam ser do militante morto foram indicados, mas o resultado conclusivo do DNA, realizado por especialistas na Bósnia, só foi possível 47 anos depois do assassinato. Setembrino e Orsini também são denunciados por ocultação de cadáver.
Localizado pelas forças de repressão da ditadura, Dimas Casemiro foi perseguido e morto com, pelo menos, três tiros pelas costas. A versão divulgada pela ditadura na época foi a de que o militante foi morto ao reagir à prisão. O corpo dele foi apresentado ao Instituto Médico-Legal (IML) para o exame necroscópico dois dias após o assassinato. O laudo cadavérico foi produzido pelos legistas Orsini e João Pagenotto (já falecido). Na requisição para elaboração do exame de corpo de delito, o pedido estava assinalado com a letra T, que segundo as investigações, indicava se tratar de “terrorista”. ver+