O país do "somos todos Ronaldinhos"..., por Eduardo Ramos
...o país do "somos todos Ronaldinhos"... ou "do narcisismo nonsense enquanto doença social perversa..." . Não há muita diferença intelectual e psíquica entre Ronaldo-Fenômeno, cracaço de bola brasileiro e os brasileiros de nossa elite social e classe média alta. Se observarmos os argumentos de nossos amigos e familiares, mesmo os com grande cultura acadêmica, mestrados, doutorados, viagens pelo mundo afora, percebemos apenas que o "VERNIZ" destes últimos é mais requintado que o verniz do ex-jogador, apenas isso. No mais, são ABSOLUTAMENTE SEMELHANTES, no orgulho que sentem em pertencer à classe social dos dez milhões de brasileiros com mais dinheiro - em nossa cultura, significando tal fato, pertencer "à casta dos vencedores" - a turma NARCÍSICA por excelência.
Não preciso ler estatísticas para afirmar que a maioria desses brasileiros veio de uma condição social inferior à que ocupa hoje. Ora, conheci ao longo da vida milhares dessas pessoas, muitas com belas histórias de vida, de lutas, esforço, superação, vitórias justas, insofismáveis! Orgulham-se disso, e não consigo ver nisso um demérito, não mesmo. Vejo DEMÉRITO IMENSO, imperdoável, do que fizeram a si mesmos, por conta de suas vitórias pessoais na vida, os MUROS de indiferença que foram construindo em torno de si, suas famílias e de sua classe social. Veremos como tem muito a ver com o verdadeiro nojo, repulsa que sentem, por exemplo, em relação a Lula.... - um nojo jamais devotado ao repulsivo e inócuo Aécio Neves, que nada tem a apresentar de bom em sua biografia, pessoal ou política, um ser medíocre, violento, covarde, envolvido até a medula em diversas corrupções já provadas pelos blogs na internet.
Apenas um exemplo óbvio, que todo o furor, a selvageria com que as vezes desperta essa nossa elite e classe média, NADA TEM A VER com "política" (apesar de suas ações serem políticas no sentido de destruir uma ideologia e levantar outra....) nem com "combate à corrupção" ou coisa que o valha, esses são apenas "motes", por eles levantados, para que sua nudez torpe, obscura, preconceituosa, narcísica, fanática, odiosa mesmo, não apareça a eles mesmos, diante dos espelhos.