sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Maglev-Cobra, o trem de levitação magnética da COPPE / UFRJ

Planeta COPPE


Coppe inicia testes do Maglev-Cobra
Visitantes Visita Tecnica

A Coppe/UFRJ iniciou, hoje, 1º de outubro, a fase de testes operacionais do trem de levitação magnética, o Maglev-Cobra. A primeira viagem do veículo aconteceu na manhã desta quarta-feira, durante visita técnica de cerca de 60 pesquisadores de vários países à linha de testes do trem de levitação magnética da Coppe, na Cidade Universitária. A visita fez parte da programação da 22ª Conferência Internacional sobre Sistemas de Levitação Magnética e Motores Lineares – Maglev 2014, realizada de 28 de setembro a 1º de outubro, no Rio de Janeiro, que reuniu os maiores especialistas em levitação magnética do mundo. Os testes se estenderão até 2015, quando o veículo será inaugurado, e passará a transportar alunos, professores, funcionários e visitantes do campus.
A data de hoje tem um enorme significado para a Coppe/UFRJ e para a pesquisa no Brasil. Ao levitar e percorrer pela primeira vez a linha experimental de 200 metros que liga o Centro de Tecnologia 1 (CT 1) ao Centro de Tecnologia 2 (CT 2) da UFRJ, o Maglev-Cobra inseriu o Brasil no pequeno grupo formado pelos países detentores das tecnologias de levitação magnética até o momento: Alemanha, China, Japão e EUA.
Maglev teste
O Maglev-Cobra é o primeiro veículo no mundo a transportar passageiros utilizando a tecnologia de levitação magnética por supercondutividade. A Alemanha e a China também já fazem experiências com essa mesma tecnologia, mas os seus projetos ainda se encontram em fase de testes em laboratório. Ainda não foram implantadas linhas de teste.
Alemanha, China e Japão já aplicam a levitação magnética ao transporte. No Japão e na China, que utiliza o processo desenvolvido na Alemanha, as tecnologias de levitação magnética adotadas são a eletromagnética e a eletrodinâmica. Os Estados Unidos possuem alguns projetos, mas ainda não implantaram linhas de teste.
“O início da fase de testes do Maglev-Cobra representa uma ruptura de barreira tecnológica para o Brasil. A nova etapa tornará mais visível para a sociedade esse projeto voltado para o transporte urbano de passageiros. O próximo passo será buscar financiadores e parceiros para que o projeto entre em operação comercial”, afirmou o professor Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ (à direita na foto abaixo).

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Índice de nascimentos no Brasil cai abaixo da taxa de reposição

Agência Brasil


Aline Leal


O estudo Saúde Brasil, divulgado hoje (29) pelo Ministério da Saúde, mostra que entre 2000 e 2012 o número de nascimentos no país caiu 13,3%. Mostra ainda que desde 2005 o número de filhos tem sido menor que 2,1 por mulher, índice considerado necessário para que a população não diminua no futuro.

Esse índice, chamado taxa de reposição, só é ultrapassado na Região Norte, onde a taxa de fecundidade é 2,24 filhos por mulher. A Região Sul é onde as mulheres menos têm filhos, com 1,66 filho em média por mulher, seguida do Sudeste (1,67), do Centro-Oeste (1,8) e do Nordeste (1,85). A média nacional é 1,77 filho por mulher.

De acordo com o estudo, seguindo essa tendência, o processo de envelhecimento da população deverá se intensificar, e em duas décadas o crescimento demográfico será estabilizado. Depois disso, a perspectiva é de redução do tamanho da população brasileira, o que confirma tendência verificada anteriormente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.


Fonte: Agência Brasil



MPF discute crimes da Ditadura na Comissão Interamericana de Direitos Humanos

MPF


Audiência será nesta sexta-feira, 31 de outubro, a partir das 13h30, com transmissão ao vivo pela internet
O Ministério Público Federal, representado pelo procurador regional da República da 3ª Região (PRR3) Marlon Alberto Weichert, participará de audiência pública sobre a responsabilização dos crimes do período da Ditadura no Brasil na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), nesta sexta-feira, 31 de outubro. O debate será transmitido ao vivo pela internet (clique aqui), a partir das 13h30 (horário de Brasília).
A conferência, intitulada Acesso à Justiça pelas graves violações de direitos humanos no Brasil, integra a série de audiências e reuniões do 153º Período de Sessões da CIDH, que ocorre entre os dias 23 de outubro e 7 de novembro no Centro pela Justiça e Direito Internacional (Cejil), na sede da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, nos Estados Unidos.
A comissão – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos foi criada por resolução da Quinta Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores em Santiago, Chile, em 1959. Ela integra o Sistema Interamericano responsável pela promoção e pela proteção dos direitos humanos e é constituída por sete membros, eleitos pela Assembléia Geral, que exercem suas funções em caráter individual por um período de quatro anos, podendo ser reeleitos uma só vez.
Confira aqui a programação completa das audiências que serão realizadas até 31 de outubro.
Acesse aqui as opções completas das transmissões ao vivo.

Secretaria de Comunicação Social
Procuradoria Geral da República
(61) 3105-6404/6408
Twitter: MPF_PGR
facebook.com/MPFederal

Fonte: MPF/PGR

Projeto propõe mapa para identificar injustiças ambientais

Agência Fiocruz de Notícias



Os mapas estão, hoje, ao alcance de quase todos: basta um celular conectado à internet para que a pessoa consiga saber onde está ou descobrir imediatamente a distância entre dois pontos geográficos do planeta. Se a tecnologia disponível pode ajudar nas pequenas tarefas do dia a dia, como achar um restaurante ou posto de gasolina, a potência do encontro entre a cartografia e o mundo digital aumenta quando falamos de seu uso no combate às injustiças. Localizar e indicar os conflitos ambientais que se espalham por todo o Brasil, e tornar públicas vozes que lutam contra isso, tem sido a tarefa do projeto Mapa de conflitos envolvendo injustiça ambiental e Saúde no Brasil, coordenado pelo pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) Marcelo Firpo.

A partir de dados que vêm sendo coletados desde 2006, com ajuda da Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional (Fase), o mapa apresenta hoje 450 pontos. Um dos possíveis mecanismos de busca é por unidades da federação. Ao escolher uma delas, um mapa com os conflitos registrados, demarcados por balões vermelhos, se abre para o leitor. Ao clicar sobre um deles, o visitante tem acesso a informações detalhadas sobre o que está acontecendo naquele local: população atingida pelo conflito, impactos e riscos ambientais, danos à saúde. "O mapa é uma tentativa de sistematizar os conflitos emblemáticos que existem em nosso país", disse Firpo.

A natureza dos conflitos é a mais diversa: é possível encontrar informações de lutas contra o agrotóxico, violência, poluição e mobilidade urbana, relatos sobre danos causados por usinas de energia ou pela mineração, entre muitos outros. O que há em comum entre todos esses conflitos é sua origem num modelo de desenvolvimento baseado na mercantilização da natureza e da vida. Mesmo onde se observa aquilo que pensador uruguaio Eduardo Gudynas classificou como neoextrativismo, ou seja, o uso de recursos da exploração mercantil da natureza para diminuir mazelas sociais, o que se produz no final das contas é uma sistemática geração de conflitos ambientais que têm por consequência principal o extermínio da vida humana. Ao dar visibilidade a esses conflitos, o que se busca, de acordo com Marcelo Firpo, é articular, questionar e propor alternativas a esse modelo de desenvolvimento.

Entre tantos casos descritos, chama atenção, por exemplo, os relatos sobre atropelamentos de crianças e animais nas ferrovias por onde passam trens carregados com os minérios extraídos pela Vale do Rio Doce, no Pará. Mesmo com os acidentes e outros danos causados pela mineração, a companhia tem o projeto de duplicar a ferrovia de Porto Carajás. O território para onde olham os técnicos da Vale e os pesquisadores do Mapa de Conflitos Ambientais pode ser o mesmo, mas o que cada um vê nele, certamente não é. E Marcelo sabe que, infelizmente, o número de dados relatados tende a aumentar. "Esperávamos que o conflito sobre a água iria demorar uns 50 anos para chegar ao Brasil. Mas já chegou. Tem caminhão pipa em Itu sendo obrigado a andar com escolta armada", lembrou o pesquisador.

O trabalho foi apresentado na mesa redonda Desenvolvimento e Conflitos Territoriais: experiências dos mapas e diálogos de saberes para a justiça ambiental, realizada em 20/10 durante o 2º Simpósio Brasileiro de Saúde e Ambiente.



Fonte: Agência Fiocruz de Notícias


terça-feira, 28 de outubro de 2014

Brasil assina contrato para aquisição de 36 caças Gripen NG

FAB

Primeira aeronave deverá ser entregue em 2019. O contrato prevê ainda o treinamento de pilotos e mecânicos, apoio logístico e a transferência de tecnologia



  A Força Aérea Brasileira assinou com a empresa sueca SAAB o contrato para aquisição de 36 aviões de caça Gripen NG. A primeira aeronave deverá ser entregue em 2019, e a última em 2024. A assinatura aconteceu nesta sexta-feira (24/10), nas instalações da COPAC (anexo ao prédio do Comando da Aeronáutica, em Brasília – DF).
O contrato envolve o treinamento de pilotos e mecânicos brasileiros na Suécia, apoio logístico e a transferência de tecnologia para indústrias brasileiras. O investimento total será de aproximadamente 13 bilhões de reais.
"Nós iremos transferir tecnologia e a capacidade de projetar e construir caças", afirmou Hakan Buskhe, presidente da SAAB. A Embraer irá assumir um papel de liderança na fabricação local dos aviões, mas haverá também a participação de outras empresas brasileiras, como a AEL, Akaer, Atech e SBTA. "Vai ser um salto, não apenas para a Embraer, mas para a nossa indústria em geral", completou o Tenente-Brigadeiro do Ar Alvani Adão da Silva, Diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
O Brasil também participará do desenvolvimento do Gripen NG e será responsável pelo desenvolvimento da versão para dois pilotos. A encomenda brasileira envolve 28 unidades monoplaces (para um piloto) e 8 biplaces (para dois tripulantes).
O desenvolvimento e produção do Gripen NG possibilitará ainda a geração de milhares de empregos diretos e indiretos no país.
De acordo com o Brigadeiro do Ar José Augusto Crepaldi Affonso, presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), a assinatura ocorreu após dez meses de intensas negociações contratuais. "Nós atualizamos a proposta. Trouxemos os requisitos para um cenário mais moderno", explicou.
As negociações foram iniciadas depois do anúncio do Gripen NG como vencedor da concorrência chamada de Projeto F-X2, realizado no dia 18 de dezembro de 2013. “Naquele primeiro momento a gente já estabeleceu um cronograma para a assinatura do contrato”, conta o Brigadeiro Crepaldi. A previsão era assinar antes do fim do ano. A assinatura na semana do Dia do Aviador (comemorado em 23 de outubro) também foi motivo de comemoração. "É muito simbólico para nós".
O Gripen NG foi selecionado após análises de aspectos operacionais, técnicos, logísticos, de custos e de transferência de tecnologia. O relatório elaborado pela COPAC teve 33 mil páginas e incluiu análises das indústrias, dos projetos e de uma equipe formada por pilotos, engenheiros, oficiais de logística e de outras especialidades.
Marco tecnológico
A Suécia opera versões mais antigas do caça Gripen desde 1997 e já fez exportações para República Tcheca, Hungria, África do Sul, Tailândia e para a escola de piloto de testes do Reino Unido. Mas o Gripen NG, por enquanto, será recebido somente pela Suécia e pelo Brasil.
A aeronave incorpora tecnologias como o radar Raven ES-05, capaz de identificar alvos aéreos ou de superfície a um ângulo de 100 graus da sua antena, um sensor de busca infravermelho e datalink, que possibilita a troca de informações entre caças sem o uso de rádio. Quando entrar em serviço na FAB, o Gripen NG também será o único caça do Hemisfério Sul capaz de voar a velocidades supersônicas por longas distâncias, o chamado supercruzeiro.
"Há mais de 18 anos nós esperamos por esse momento. E com certeza vai inaugurar uma nova era operacional para a aviação de caça no Brasil", disse o Tenente-Brigadeiro do Ar Alvani.
  As 36 aeronaves multimissão serão utilizadas pela Força Aérea Brasileira em atividades de defesa aérea, policiamento do espaço aéreo, ataque e reconhecimento. A primeira unidade aérea a receber o novo modelo deverá ser o 1° Grupo de Defesa Aérea, com sede em Anápolis (GO). O Esquadrão está sem aeronaves desde dezembro de 2013, quando foram aposentados os caças Mirage 2000. Atualmente, a defesa aeroespacial brasileira é realizada por jatos F-5EM.
Gripen C/D
Após a assinatura da aquisição dos novos Gripen NG, prosseguem as negociações da FAB com a Força Aérea da Suécia para a cessão temporária de caças Gripen nas versões C/D. As aeronaves, usadas, são menos avançadas que o Gripen NG, mas já superam os F-5EM atualmente em uso. O plano seria utilizar os Gripen C/D até o recebimento das aeronaves novas.

Primeiro poço de Libra confirma descoberta de petróleo


Fatos e Dados 



Leia nosso comunicado sobre confirmação da descoberta de petróleo com a perfuração de primeiro poço de Libra:
O consórcio de Libra informa que a perfuração do primeiro poço de extensão na área de Libra, o 3-BRSA-1255-RJS (3-RJS-731), comprovou a descoberta de petróleo de boa qualidade na porção noroeste da estrutura.
O poço, informalmente conhecido como NW1, está localizado no pré-sal da Bacia de Santos, a cerca de 170 km da costa do estado do Rio de Janeiro e a aproximadamente 4 km a Sudeste do poço descobridor, o 2-ANP-2A-RJS.
O intervalo portador de petróleo foi constatado por meio de perfis e amostras de fluido, que serão posteriormente caracterizadas por análise de laboratório. O poço ainda está sendo perfurado, a uma profundidade de 5.326 metros, e a perfuração prosseguirá até 5.850 metros.
O consórcio dará continuidade às operações para concluir o projeto de perfuração do poço até a profundidade prevista e verificar a extensão da nova descoberta, além de caracterizar as condições dos reservatórios encontrados.
O consórcio de Libra é formado pela Petrobras (operadora, com 40%), Shell (20%), Total (20%), CNPC (10%) e CNOOC Ltda. (10%), tendo como gestora do contrato a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). Libra foi a primeira área leiloada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) sob o regime de partilha de produção.
Fonte: Petrobrás